Hoje o sol se abril, fez frio.
Ela vestiu seu moletom e fez chá.
Ele vestiu um sorriso e saiu.
O céu repleto de nuvens, e a vida repleta de
incógnitas.
Ela se
atirou no sofá e chorou.
Ele bebeu na esperança de esquecer.
As ruas sempre cheias de pessoas vazias.
Ela não entendia o porquê da solidão doer tanto.
Ele sentia pelo fato de estar só.
O vento corria por entre os prédios.
Ela se prendia dentro dos próprios sentimentos.
Ele se iludia com uma falsa liberdade.
Os desejos batiam a porta.
Ela os ignorava.
Ele os recebia.
As cores sem a mesma intensidade, só restava o opaco
de olhares perdidos.
Ela oscilava entre choros e sorrisos.
Ele não sabia mais para onde olhar.
O medo aprisionou a felicidade.
Ela aprisionou seus sonhos.
Ele se fez refém do próprio orgulho.
A vida andou rápida demais.
Ela perdeu oportunidades.
Ele se perdeu no tempo.
Ainda existem manhãs onde os raios de sol insistem em
invadir a janela.
Ela sai para correr.
Ele chega para dormir.
A vida não segue roteiros.
Ela faz listas.
Ele esquece os compromissos.
O destino seguiu seu caminho.
Ela faz planos para os domingos.
Ele faz questão de deixar para depois.
O amor já fez morada naqueles corações.
Ela desistiu do amor e preferiu esquecer.
Ele jamais se perdoou por um dia lhe perder.
As diferenças separaram os dois, havia amor e
reciprocidade, faltou diálogo e compreensão.
Ela segue arrependida por não ter tentado.
Ele segue arrependido por não ter insistido.
Ambos seguem sabendo que foram amados, mas preferem
que o orgulho faça sentido.